segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O Movimento Rastafári e o uso religioso da maconha

Foto: Reprodução/Usuários
Volta e meia o tema descriminalização da maconha pauta mesas de debate e reportagens. Nos últimos meses, muito se falou sobre a liberação do canabidiol, substância encontrada na erva capaz de controlar a atividade neuronal, reduzindo o número de crises convulsivas de pacientes com síndromes graves. O uso medicinal da planta tem sido bastante discutido e um projeto de legalização da maconha já tramita no Senado Federal. No entanto, um aspecto da erva que ainda parece ser ignorado pela mídia e pelo grande público é a sua ligação com religiões.
Um dos movimentos religiosos que proclamam o uso da maconha é o Rastafári. Criado pela classe trabalhadora e camponesa da Jamaica na década de 1920, o movimento justifica o consumo sacramentado da planta a partir da interpretação de Genêsis 1:29, que diz: “E Deus disse: ‘Vejam! Eu entrego a vocês todas as ervas que produzirem semente e estão sobre toda a terra, e todas as árvores em que há frutos que dão semente: tudo isso será alimento para vocês’”.
O tema chegou a ser abordado no documentário “Usuários”. O curta-metragem de Pedro Mariani discute o consumo da planta nas perspectivas terapêutica, recreativa e religiosa. Um dos personagens do filme, o músico Lucas Melo, defende que o uso da ‘ganja’, termo criado por gurus hindus para se referir à maconha, funciona como uma espécie de purificação espiritual.

Atualmente, estima-se que o Rastafári tenha cerca de 15 milhões de seguidores em todo o mundo. Apesar de o movimento religioso incentivar o uso da maconha, é permitido aos ‘rastas’ a escolha de não consumir a erva. 
(Amanda Gabriel)

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