Foto: Reprodução/Usuários |
Volta e meia o tema descriminalização
da maconha pauta mesas de debate e reportagens. Nos últimos meses, muito se
falou sobre a liberação do canabidiol, substância encontrada na erva capaz de
controlar a atividade neuronal, reduzindo o número de crises convulsivas de
pacientes com síndromes graves. O uso medicinal da planta tem sido bastante
discutido e um projeto de legalização da maconha já tramita no Senado Federal.
No entanto, um aspecto da erva que ainda parece ser ignorado pela mídia e pelo
grande público é a sua ligação com religiões.
Um dos movimentos religiosos que
proclamam o uso da maconha é o Rastafári. Criado pela classe trabalhadora e
camponesa da Jamaica na década de 1920, o movimento justifica o consumo
sacramentado da planta a partir da interpretação de Genêsis 1:29, que diz: “E
Deus disse: ‘Vejam! Eu entrego a vocês todas as ervas que produzirem semente e
estão sobre toda a terra, e todas as árvores em que há frutos que dão semente:
tudo isso será alimento para vocês’”.
O tema chegou a ser abordado no
documentário “Usuários”. O curta-metragem de Pedro Mariani discute o consumo da
planta nas perspectivas terapêutica, recreativa e religiosa. Um dos personagens
do filme, o músico Lucas Melo, defende que o uso da ‘ganja’, termo criado por
gurus hindus para se referir à maconha, funciona como uma espécie de
purificação espiritual.
Atualmente, estima-se que o Rastafári
tenha cerca de 15 milhões de seguidores em todo o mundo. Apesar de o movimento
religioso incentivar o uso da maconha, é permitido aos ‘rastas’ a escolha de
não consumir a erva.
(Amanda Gabriel)
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