Candomblecistas revelam sofrer preconceito

Descrição para cegos: foto mostra ritual de candomblé em uma sala branca decorada com símbolos dessa religião, na qual mais de uma dezena de pessoas trajando branco com muitas rendas e turbantes dançam em círculo. Algumas dessas pessoas levam oferendas na cabeça.

O Candomblé é uma religião de aproximadamente 3 milhões de seguidores ao redor do mundo. Muitos desses seguidores se encontram no Brasil. Considerada a cidade do Candomblé, Salvador (BA) é palco de diversos terreiros, no entanto, diversas mães e pais de santo, os líderes da religião, revelam casos de perseguição e intolerância por pessoas de outras religiões. A prática não é exclusividade na capital baiana, ela está presente em várias partes do território nacional. A matéria completa você encontra aqui. (Elisa Damante)

Pesquisa revela preconceito contra crianças de religiões afro

Descrição para cegos: foto mostra mãos de uma negra postas uma sobre a outra à altura da cintura dela. Em todos os dedos ela tem anéis e, nos pulsos, muitas pulseiras prateadas. A rouba é branca, com rendas da mesma cor.

Currículo oculto é uma expressão usada pelos estudiosos da Educação para se referir aos ensinamentos não inclusos nos currículos regulares, mas que são passados nas escolas por meio das ideologias hegemônicas. Uma pesquisa realizada ao longo de 20 anos pela professora Stela Guedes, doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ, traz à tona o preconceito contra religiões de matrizes africanas nas escolas. Stela lançou, em 2012, um livro se debruçando nos conhecimentos e dados adquiridos ao longo de anos de pesquisa, e o intitulou de Educação nos terreiros – e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Uma entrevista completa com a professora, sobre o assunto, você encontra aqui. (Elisa Damante)

Google é condenado por intolerância religiosa

No final de maio, a empresa Google do Brasil foi condenada pela Justiça Federal a retirar do YouTube, administrado por ela, 23 vídeos postados no canal Islamismo Assassino, que incita a intolerância contra a religião mulçumana. Além da obrigatoriedade de bloquear o material, a empresa terá que fornecer ao Ministério Público Federal os dados do responsável pelo canal. Na ação, o MPF alega que “direitos e garantias fundamentais foram violados ao manter conteúdo na Internet que deprecia e estigmatiza a fé islâmica, assim como seus líderes, seguidores, símbolos rituais e crenças, propagando discurso de ódio”. Mais informações clique aqui. (Ivone Beatriz)

Religiosos de matriz africana sofrem discriminação racial

A intolerância religiosa é tema presente nas discussões atuais. Algumas religiões, no entanto, sofrem mais do que outras com o preconceito vigente. Alguns líderes religiosos de matrizes africanas acreditam que essas práticas são mais frequentes em suas realidades, e isso eles atribuem ao problema da discriminação racial. Em maio, o Portal Brasil publicou uma reportagem registrando a preocupação dessas lideranças com o crescimento de manifestações de intolerância religiosa associadas a racismo. Leia a matéria aqui. (Elisa Damante)

O caminho de trás

Por Elisa Damante

Miamar é um pequeno país localizado no sul do continente asiático, onde 89% da população é adepta do budismo, uma religião conhecida por sua pacificidade. O país, no entanto, vive um momento delicado em sua história. Está se levantando uma frente budista radical antimulçulmana conhecida por Movimento 969. Notícias apontam que, no ano de 2013, aproximadamente 200 pessoas foram assassinadas pela frente radical, além de casas e mesquitas queimadas.

Sidarta Gautama, o Buda, se afastou dos caminhos do hinduísmo para buscar a origem do sofrimento. Seu objetivo sempre foi descobrir uma via que levasse à felicidade. Para o fundador do budismo, é impossível ser feliz tendo consciência da infelicidade do próximo. Como aceitar então, as práticas incoerentes dos radicais do Movimento 969?

Ataques a imagens religiosas inspiram protesto contra a intolerância

O aluno de Artes Visuais da UFPB, Neto Quirino, teve a ideia de representar essa violência para mostrar sua indignação com a profanação de símbolos sagrados. A exposição, que é parte do seu trabalho de conclusão de curso, e está sendo realizada na Galeria Lavandeira até o dia 13. Tendo como título Do sagrado ao profano, ela reúne peças usadas em rituais religiosos danificadas às quais o artista, que também é restaurador, atribui novos significados. A Galeria Lavandeira fica no Centro de Comunicação, Turismo e Artes, campos da UFPB em João Pessoa. Ouça a reportagem que produzi para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). (Joana Rosa)

Documentário aborda vertente pouco conhecida do candomblé

Curandeiros do Jarê é um documentário feito por Marcelo Abreu Góis, que conta a história de Ademário, filho do santo do Jarê. Ogan da Casa de Jarê de Pai Gil de Ogum, o personagem principal, Ademário, luta contra uma doença cardíaca que o faz dar início a uma jornada em busca da cura. Juntando sua fé e determinação, o mundo físico e espiritual se unem, exibindo uma vertente do candomblé pouco estudada e reconhecida no Brasil, o Jarê. Curandeiros do Jarê conquistou prêmios como o melhor documentário no Panorama Internacional Coisa de Cinema 2011, Melhor Filme Baiano no Bahia AfroFilm e vários outros. Clique aqui e assista. (Ivone Beatriz)

Por trás da batina

Por Elisa Damante

O vencedor do Oscar de melhor filme em 2016 é um suspense produzido por Josh Singer e Thomas McCarthy. Spotlight - segredos revelados conta a história de um grupo de jornalistas dos Estados Unidos que desvenda casos de pedofilia dentro da Igreja Católica na cidade de Boston. Todos os incidentes foram reais.

Aqui na Paraíba, mais precisamente no município de Guarabira, um padre está sendo investigado pelo mesmo crime. A Diocese o afastou de todas as funções sacerdotais até o fim das investigações.

O filme retrata que após um longo processo de apuração por parte dos jornalistas, foram constatados mais de 90 padres envolvidos em casos de pedofilia apenas na cidade de Boston. Após a publicação das matérias denunciativas, aproximadamente 1.500 vítimas testemunharam outros escândalos.

É preciso, sim, ressaltar que os casos são isolados e não condizem com as práticas da igreja, mas o número assusta. Assusta pela quantidade e, principalmente, por vir de uma instituição religiosa forte e fundamentalista. A mesma que prega em sua doutrina, dogmas excludentes a minorias.