domingo, 10 de agosto de 2014

Ensaio fotográfico retrata orixás



James C. Lewis é um fotógrafo norte-americano, negro, que resolveu usar o seu trabalho como ferramenta de combate ao racismo, evidenciando a beleza afro e engajando-se em campanhas contra o preconceito. A coleção Yoruba African Orishas retrata como James imagina 20 dos 400 orixás, tentando buscar a verdadeira origem da fé nestas divindades. O fotógrafo grafou o nome dos orixás no dialeto original da época de suas concepções.

Os orixás são ancestrais divinos da fé yorubá (no Brasil Candomblé e Umbanda) que se manifestam nos elementos do cosmos, nos seres vivos, nos fenômenos naturais, elementos da natureza e sentimentos humanos. No entanto, como não há muita literatura sobre o tema, a imagem dessas divindades vive no imaginário popular. Seguem as fotos e explicações sobre os orixás mais conhecidos no Brasil. (Érica Rodrigues)


Iemanjá: É tida como a deusa-mãe da humanidade e identificada como “rainha do mar”, sendo um dos orixás mais conhecidos no Brasil.



Xangô: O deus do fogo, dos raios, trovões e da justiça, que castiga os mentirosos e ladrões. Oxum é filho de Oranian com Iemanjá, tem três deusas como esposas: Oyá, Oxum e Obá. Ele também representa a masculinidade e a sexualidade masculina.


Ogum: Deus da caça, da agricultura e da guerra, Ogum é o deus ferreiro, grande guerreiro, que produzia seus próprios armamentos. Conhecido no Brasil como São Jorge, acredita-se que ele tenha sido um dos primeiros deuses a descer do Orun (Céu) para o Aiye (Terra).


Oyá: Também conhecida como Iansã, é a deusa dos ventos e furacões.


Oxum: É a deusa da beleza, fertilidade, amor e das águas dos rios.


Obá: É a deusa do casamento e da vida doméstica, mas também das águas revoltosas, como cachoeiras e pororocas.


Ibeji: Deuses da juventude e vitalidade, os orixás crianças Kehinde e Taiwo, um casal de gêmeos, são representados no Brasil como São Cosme e Damião.


Omolu: Conhecido como Obaluaiyê, é o orixá das doenças contagiosas, mas também lhe são atribuídas as curas milagrosas. Conhecido no Brasil como São Lázaro, Omolu tanto traz a doença como a afasta.


Exu: É o mensageiro entre o mundo físico e o espiritual, protetor das aldeias, casas e encruzilhadas. Foi equivocadamente visto como o diabo pelos colonizadores da África.


Oxalá: É o deus da humanidade, descendente do criador. No Brasil é conhecido como o Senhor do Bonfim da Bahia. Aqui, todas as imagens de orixás que vestem branco (orixás funfun) foram agrupados na imagem de Oxalá e recebem o seu nome.


Oxumaré: Protetor das crianças e dos cordões umbilicais, da mobilidade e do arco-íris, Oxumaré é representado como homem e mulher ao mesmo tempo, em função disso sendo visto por muitos como protetor dos homossexuais. No Brasil foi sincretizado por São Bartolomeu.


Ogum: Deus do ferro, do trabalho, da política, do sacrifício e da tecnologia.

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