Por
Élida Almeida
Ir à escola, nos últimos meses, estava sendo
um desafio para Diego, depois de assumir para seus colegas que a sua religião
era o Candomblé. Há alguns meses, tudo mudou, ele passou a ouvir comentários
nos corredores e até na sala de aula, por professores que usavam blusas com
crucifixos enormes com dizeres de que devemos amar ao próximo. “Mas que tipo de
pessoas são essas?” Pensava Diego.
Certo dia, um colega de Diego estava
discutindo com ele sobre as religiões que existem no Brasil. Em um momento de
fúria, o colega de classe levantou o dedo e o apontando para o menino, disse: “Candomblé
é do demônio!” Diego não entendeu essa colocação de seu colega, afinal, no
Candomblé não se acredita em demônios.