quarta-feira, 1 de março de 2017

Em respeito a sabatistas, MEC discute dia do Enem

Descrição para cegos: foto de estudantes realizando a prova do Enem. Em frente duas garotas de blusa branca concentradas realizando a prova. Ao fundo, uma senhora de casaco azul e mais alguns jovens na mesma situação.

Por Manuel Machado

Todo ano ocorre no Brasil o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Essa prova serve, em síntese, como possibilidade de ingresso em faculdades e universidades, e a sua aplicação é feita em dois dias, sábado e domingo. No entanto, para vários grupos religiosos, um dos dias de aplicação é inviável e vai de encontro as suas convicções religiosas.


Para os sabatistas (judeus, adventistas do sétimo dia, adventistas da reforma, adventistas da promessa e batistas do sétimo dia) o sábado é tido como dia sagrado e, por isso, o reservam apenas para adoração e comunhão. O sábado apresentado na Bíblia para estes inicia-se ao pôr do sol da sexta e se finda no pôr do sol do sábado, e, nesse período, eles não poderiam realizar as provas do Enem.
A solução que vêm sendo adotada pelo MEC nos últimos anos é o confinamento dessas pessoas durante seis horas a mais que os outros participantes nas salas de aula, sem direito a conversar ou nenhum outro tipo de atividade, para enfim poderem ter acesso à prova após o período sabático. O que sem dúvida prejudica tais candidatos, pois o período excedente é extremamente cansativo.
No entanto, neste início de ano o MEC realizou uma consulta pública para discutir a possibilidade de mudança dos dias de aplicação da prova, de forma a assegurar assim o direito e respeito à religião dos sabatistas.

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