quarta-feira, 8 de junho de 2016

O caminho de trás



Por Elisa Damante


Miamar é um pequeno país localizado no sul do continente asiático, onde 89% da população é adepta do budismo, uma religião conhecida por sua pacificidade. O país, no entanto, vive um momento delicado em sua história. Está se levantando uma frente budista radical antimulçulmana conhecida por Movimento 969. Notícias apontam que, no ano de 2013, aproximadamente 200 pessoas foram assassinadas pela frente radical, além de casas e mesquitas queimadas.
Sidarta Gautama, o Buda, se afastou dos caminhos do hinduísmo para buscar a origem do sofrimento. Seu objetivo sempre foi descobrir uma via que levasse à felicidade. Para o fundador do budismo, é impossível ser feliz tendo consciência da infelicidade do próximo. Como aceitar então, as práticas incoerentes dos radicais do Movimento 969?



A frente terrorista parece apagar da memória os episódios sangrentos protagonizados por chineses que dizimaram mosteiros no Tibete. Os ensinamentos de Buda estão se dissolvendo na sede de ter uma religião mais fortalecida, uma quantidade maior de fiéis.

O budismo é uma religião não-teísta, logo, não existem conceitos de pecado, céu ou inferno. Buda, no entanto, prega o amor e o cuidado ao próximo. Budismo é sinônimo de luz. Mas o Movimento 969, é sinônimo de iluminação?

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