sábado, 28 de fevereiro de 2015

A montanha que Maomé tem de enfrentar

Descrição para cegos: muçulmanos caminhando em praça, à
luz do dia, com seus trajes característicos. Pôster de Ricardo
Coutinho no canto esquerdo da praça.
Por Luís Carlos Cunha

        Conhecidos pelos seus típicos costumes culturais e religiosos, os muçulmanos formam um importante grupo religioso que vem crescendo em todo o mundo. Como não poderia ser diferente, eles estão presentes no Brasil há muito tempo. Entretanto, apesar da presença histórica dos seguidores de Maomé no nosso país, o terrorismo e a violência praticados por fanáticos religiosos desencadeiam manifestações de preconceito que eles precisam enfrentar.
         A controversa figura do terrorista Osama Bin Laden, e mais recentemente do Isis, o autoproclamado estado islâmico, associou a cultura muçulmana à intolerância, à repressão e ao ódio em nome da fé. Vistos com desconfiança e designados com alcunhas preconceituosas como “homens-bomba”, eles andam pacificamente com suas incomuns vestimentas pelas ruas de João Pessoa e de outras cidades da Paraíba, com Guarabira.
Chega a ser estranho ver tamanho preconceito em brasileiros, cuja cultura descende da mistura e convivência pacífica das mais diferentes culturas e religiões. É necessário superar a concepção influenciada pelo noticiário sobre atos de grupos beligerantes, de que os muçulmanos são pessoas naturalmente inclinadas à violência. Precisamos urgentemente ver, através dos véus, que estes praticantes não apenas condenam tal fanatismo, mas também querem conviver em paz.

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