sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Educar para os Direitos Humanos

Descrição para cegos: mãos negras e brancas segurando
o globo terrestre, em um fundo azul com nuvens.

Por Fernanda Chagas


A técnica da exceção exerce uma força contra os Direitos Humanos, fazendo com que as pessoas sejam privadas da busca pela liberdade. Segundo Castor Bartolomé, um dos participantes do VIII Seminário Internacional de Direitos Humanos, ocorrido em dezembro de 2014 na UFPB, a exceção traz, mesmo sem intenção para tal, um poder soberano onde o Estado decreta o que fazer, estabelecendo, assim, formas de controle radical da vida humana.
Vários exemplos de predominância da exceção são facilmente citados, como a criminalização dos movimentos sociais, enquadrando-os sob leis antiterrorismo, decretos contra estrangeiros, zonas de retenção humana, leis para controle de imigrantes e a suspensão da privacidade e da intimidade em virtude da segurança nacional. Há, entre tantos exemplos citados acima, uma ligação entre o capitalismo em vigor e os interesses das classes dominantes.
A mesa de debates do VIII Seminário Internacional de Direitos Humanos sobre o tema Educar para nunca mais explanou a simples direção da educação para a conscientização dos jovens sobre a democracia e o exercício vivo dos Direitos Humanos. Os integrantes da mesa foram Castor Bartolomé Ruiz, da Unisinos; Clodoaldo Meneguello, da Unesp, e Sandra Raggio, integrante da Comisión Provincial de la Memoria, Argentina.
De acordo com os participantes da mesa, deve-se estimular a participação e a inserção dos jovens do país em um exercício da cidadania ativa, sem deixar esquecido o passado. A participação dos jovens na educação envolvida em ambientes como o teatro e a comunidade também é considerada de fundamental importância, assim como a interferência dos poderes públicos. De fato, a educação contribui para o entendimento de como podemos agir para que ocorram mudanças, considerando as diferentes culturas e a história que nos envolve de maneira tão singular. 

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