sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

As pessoas são livres...

Por Luís Carlos Cunha
 
Descrição para cegos: irmão Lázaro em foto de perfil, sorrindo
e olhando para o lado.
O cantor gospel Irmão Lázaro, eleito deputado federal com 161 mil votos na Bahia, declarou que vai lutar para reduzir a violência contra homossexuais. Uma declaração desta aparentemente não seria algo tão surpreendente, mas acaba sendo por ser vinda de um cantor popular no meio evangélico, conhecido por não aceitar a Lei da Homofobia.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Irmão Lázaro disse ainda que era conservador e defenderia a família no “modelo de Deus: homem e mulher”. A declaração se demonstra contraditória quando ele diz que o “homossexualismo” é pecado, mas as pessoas são livres. Afinal, o que defende o deputado? A defesa do direito dos homossexuais, inclusive o direito ao reconhecimento da família homoafetiva ou a ideia retrógrada tão defendida no meio evangélico de que a Lei da Homofobia é uma ameaçada à sociedade?
Tantas perguntas são respondidas apenas em um único trecho da reportagem: a de que o Irmão Lázaro não defenderá uma bandeira específica, mas que no final das contas a linha conservadora de pensamento será levada em conta em todas as suas atividades políticas. Ou seja, apenas um discurso vazio na imensidão do Congresso Nacional.

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