domingo, 18 de maio de 2014

Francisco: luz no fim do túnel?

Foto: Arquivo/Cançãonova.com

‘Sou um pecador do qual o Senhor cuidou’. Assim se define o papa Francisco, primeiro latino-americano e primeiro jesuíta à frente da Igreja Católica. Desde sua eleição em fevereiro de 2013, Francisco tem me parecido um pontinho de luz no fim do longo túnel de escuridão e pequenas mudanças que demoram séculos para se tornarem reais. O papa argentino demonstra muita simplicidade em suas ações: desde dispensar carros oficiais e viajar na van dos cardeais, até pedir ao povo que rezasse por ele, no dia em que foi eleito.
 Quando voltava do Brasil após a Jornada Mundial da Juventude, Francisco afirmou em entrevista que vê a igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha, onde se deve curar feridas. Ele surpreendeu afirmando que o catecismo da Igreja "diz que eles (gays) não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade", e questionou: “quem sou eu para julgar os gays?”.
Apesar de se colocar contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Francisco tem se mostrado bem mais aberto a assuntos como homossexualidade, divórcio e aborto. "A religião tem o direito de exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível", afirmou.
Apesar das reformas na Igreja Católica caminharem a passos de formiga, me parece que o papa que andava de transporte público em Buenos Aires e dispensa carros blindados em visita ao Oriente Médio pode nos trazer uma pitada de misericórdia, nestes tempos em que ela é tão necessária.

Por: Érica Rodrigues

Um comentário:

  1. É engraçado como as pessoas só em 2013 se surpreende com um texto publicado em 1992, Papa Francisco só fez repetir o paragrafo que fala sobre homossexualidade.

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