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‘Sou um
pecador do qual o Senhor cuidou’. Assim se define o papa Francisco, primeiro
latino-americano e primeiro jesuíta à frente da Igreja Católica. Desde sua
eleição em fevereiro de 2013, Francisco tem me parecido um pontinho de luz no
fim do longo túnel de escuridão e pequenas mudanças que demoram séculos para se
tornarem reais. O papa argentino demonstra muita simplicidade em suas ações:
desde dispensar carros oficiais e viajar na van dos cardeais, até pedir ao povo
que rezasse por ele, no dia em que foi eleito.
Quando voltava do Brasil após a Jornada
Mundial da Juventude, Francisco afirmou em entrevista que vê a igreja como um
hospital de campanha depois de uma batalha, onde se deve curar feridas. Ele
surpreendeu afirmando que o catecismo da Igreja "diz que eles (gays) não
devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade",
e questionou: “quem sou eu para julgar os gays?”.
Apesar de se
colocar contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Francisco tem se
mostrado bem mais aberto a assuntos como homossexualidade, divórcio e aborto. "A
religião tem o direito de exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas,
mas Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas
não é possível", afirmou.
Apesar das
reformas na Igreja Católica caminharem a passos de formiga, me parece que o
papa que andava de transporte público em Buenos Aires e dispensa carros
blindados em visita ao Oriente Médio pode nos trazer uma pitada de
misericórdia, nestes tempos em que ela é tão necessária.
Por: Érica Rodrigues
É engraçado como as pessoas só em 2013 se surpreende com um texto publicado em 1992, Papa Francisco só fez repetir o paragrafo que fala sobre homossexualidade.
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