Descrição para cegos: Paulo Halm ao lado de uma das mulheres, que usa um véu cor de vinho no cabelo. |
Por Daniela
Paixão
Dirigido por Paulo Halm, o documentário, com 78 minutos,
explora a opção religiosa de seis mulheres, mostrando as consequências de suas
relações diárias na família, escola e trabalho, num momento em que o preconceito
contra os muçulmanos é crescente.
As cariocas Patricia, Zahreen, Jamille, Maria, Jamila e
Marcela decidiram adotar o islamismo como religião e passaram a usar o Hijab, tradicional
véu que cobre os cabelos das muçulmanas.
Marcela é professora; Jamile, socióloga; Patrícia,
historiadora; Zahreen, agricultora; Jamila, advogada, e Maria, engenheira. Com
exceção de Jamila, cuja família é de origem palestina, todas são convertidas
(ou revertidas) por identificação com o Alcorão, o modo de vida e a cultura de
países muçulmanos. Em alguns casos, isso as levou
a enfrentar a oposição da família, que professava outra fé ou nenhuma.
No filme elas contam como se "reverteram" à religião islâmica, como lidam com dia-a-dia na cidade e como conheceram seus namorados ou cônjuges.
O documentário
limita quase toda sua capacidade de dar um quadro mais completo dos contextos
pessoais, ficando na defensiva dos valores islâmicos, inclusive quanto à
poligamia masculina e contra os estereótipos "da mídia".
"Mesmo
coberta dos pés à cabeça, os homens ainda mexem comigo na rua, me chamam de
gostosa", admite, às risadas, a agricultora Zahreen. "Quando você
coloca o véu, vira alvo e estandarte", resume bem Jamile.
As mulheres
ainda discutem a “vulgarização da sexualidade em público”, o preconceito e a sensação de
conforto que provém o uso do véu.
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