Foto: Secretaria de Cultura do Estado da Bahia |
Por
Vítor Nery
É
comum, no imaginário popular brasileiro, que Candomblé
e Umbanda
sejam classificados como uma só coisa (ou “macumba”, como os
mais desinformados costumam observar). Porém, elas diferem bastante,
tendo em comum apenas a adoção de elementos da cultura
afro-brasileira.
No
Candomblé,
os Orixás são considerados deuses antepassados, como os heróis
gregos que, mitificados, alcançaram a condição de divindades. Na
Umbanda,
eles são vistos como meros espíritos ancestrais, que baixam no
culto a fim de atuar no mundo dos vivos.
Quanto
aos despachos, que muitos associam a “macumba”, nem sempre são
indícios de magia negra. Eles geralmente são oferendas para o orixá
Exu, pedindo proteção. São colocados em encruzilhadas porque esses
locais representam a passagem entre dois mundos.
Os
despachos de magia negra existem, mas deve-se esclarecer que nenhuma
das duas religiões incentiva essa prática. Cabe atribuí-los aos
indivíduos que fazem uso deles e não ao credo que professa. É o
que acontece com o mau uso de qualquer doutrina religiosa.
Já
Macumba
é um dos instrumentos tocados nos cultos, assim como os atabaques,
xequerês e o agogô. Hoje ele é pouco utilizado, mas sua aparência
assemelha-se à de um reco-reco.
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