segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Não em meu nome - o movimento que prega a paz


Por Daniela Paixão

Circula na internet um movimento chamado “Not in my name” (Não em meu nome), que prega a paz entre judeus e muçulmanos. O movimento é uma resposta dos mulçumanos ao Estado Islâmico.
A campanha já se espalhou para vários países, liderada pela Fundação Activo Mudança (Active Change Foundation), que tem como objetivo contrariar a presença de extremismo nas mídias sociais.

A campanha foi elogiada em um discurso do Presidente dos EUA na Assembleia Geral da ONU. Barak Obama disse que o mundo todo, especialmente as comunidades muçulmanas, tinham de expor e renunciar publicamente às ideologias do ódio e da violência.
Para Hanif Qadir, o líder da fundação, a mensagem é curta mas eficaz: “Os muçulmanos e não-muçulmanos deste mundo dizem que não se mata em nome do Islã, de nenhuma fé ou humanidade. É uma mensagem poderosa”.
Yassmin Abdel-Magied, presidente do grupo Juventude Sem Fronteiras, aproveitou a campanha de Qadir e criou uma corrente contra o racismo e o ódio (#notinmyname) para que não se espalhem pela Austrália, onde têm acontecido alguns incidentes contra muçulmanos. Essa crescente onda de violência faz com que parte dos jovens australianos tenham medo de retaliações, caso resolvam aderir à campanha. “Todos aqueles que espalham ódio e raiva não o fazem em nome dos australianos nem dos muçulmanos”, afirma Abdel-Magied.
O movimento se espalhou por diversos países como a França, onde ocorreram vários atentados este ano e que acolhe uma das maiores comunidades muçulmanas na Europa. Nesse país, como na parte do Canadá que fala francês, o lema foi adotado como “Pas en Mon Non”. Também ocorrem adesões a esse protesto na Espanha e na Itália. No Marrocos o slogan foi traduzido para a língua local e ficou “Machi Bessmity”.
Uma das iniciativas da campanha é um vídeo, que você pode assistir aqui.




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